terça-feira, 16 de julho de 2013

Bombeiros: nossa motivação

Muitas pessoas devem se perguntar por que fazemos este trabalho. E é verdade... Alguns dias são ruim. 

Procurando sob visibilidade quase zero, esperando agarrar um braço, ou uma perna, e colocar alguém em segurança. 

Alguns dias, conseguimos ver coisas que ninguém consegue ver: uma esposa grata por trazermos seu marido em segurança, um marmanjo chorando porque salvamos seu filho, uma criança feliz por ver seu gatinho resgatado.  E, de vez em quando, a gente vê um bebê respirar pela primeira vez no meio de um engarrafamento com luzes e sirenes e um grupo de bombeiros  e curiosos ao redor batendo palmas até doer as mãos. Esses são os bons dias. 

Querem saber pelo que eu sou grato? Sou grato porque tenho duas famílias. E não são muitas pessoas que podem dizer isso.





terça-feira, 4 de junho de 2013

Teoria do Fogo

 
 
A humanidade vem utilizando o fogo desde os seus primórdios. Ele é utilizado para diversos fins, sendo este um dos principais responsáveis pela sua sobrevivência e pelo seu progresso. Contudo quando o fogo foge ao controle do homem, provocando inúmeros desastres, o chamamos de incêndio.
              Por esta razão, vários estudiosos, através dos tempos, resolveram analisar profundamente o fogo, procurando identificar as suas causas, a sua composição e o seu comportamento, possibilitando, assim, o estabelecimento de procedimentos racionais para combatê-lo de maneira eficaz e segura.
COMBUSTÃO, FOGO E INCÊNDIO

COMBUSTÃO
                É um processo químico de oxidação, no qual o material combustível se combina com o oxigênio em condições favoráveis (calor), produzindo luz e calor.

FOGO
               É uma forma de combustão, caracterizada por uma reação química que combina materiais combustíveis com o oxigênio do ar, com desprendimento de energia luminosa e energia térmica.

INCÊNDIO
               É um acidente provocado pelo fogo, o qual, além de atingir temperaturas bastante elevadas, apresenta alta capacidade de se conduzir, fugindo ao controle do ser humano. Nesta situação se faz necessária a utilização de meios específicos a sua extinção.

ANALOGIAS GEOMÉTRICAS DO FOGO
TRIÂNGULO DO FOGO
De uma maneira simplificada, podemos associar o fogo à figura geométrica de um triângulo eqüilátero, cujos lados, de igual tamanho entre si, atribuem aos elementos que o compõem, igual importância à produção ou manutenção do fogo. Neste caso, o fogo só existirá se os três elementos representados na figura ao lado, combustível, comburente e calor, se combinarem em proporções adequadas.
                               Triângulo do fogo


Combustível
               

É toda a matéria susceptível à combustão, existente na natureza nos estados sólido, liquido e gasoso.
                
De maneira geral, todas as matérias são combustíveis a uma determinada temperatura, porém, para efeito prático, foi arbitrada a temperatura de 1000ºC como um marco divisível entre os materiais considerados combustíveis (entram em combustão a temperaturas iguais ou inferiores a 1000ºC) e os incombustíveis (entram em combustão a temperaturas superiores a 1000ºC).
Comburente
               
São todos os elementos químicos capazes de alimentar o processo de combustão, dentre os quais o oxigênio se destaca como o mais importante, por ser o comburente obtido de forma natural no ar atmosférico que respiramos, o qual é composto por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases.
               
Hoje em dia, já se conhecem outros elementos químicos que atuam como comburente, porém, só podem ser obtidos em laboratório.
               
Para que haja uma combustão completa é necessário que a porcentagem de oxigênio esteja na faixa de 13% a 21%. Caso esta faixa esteja entre 4% e 13% a combustão será incompleta, ou ainda, não se processará, em porcentagens inferiores a 4%.
Calor
             
É a condição favorável que provoca a interação entre os dois reagentes, sendo este o elemento de maior importância no triângulo do fogo, uma vez que é responsável pelo início do processo de combustão, já que os dois outros reagentes, em condições naturais, encontram-se permanentemente associados.
TETRAEDRO DO FOGO
                
A função didática deste polígono de quatro faces é a de complementar o triângulo do fogo com outro elemento de suma importância, a reação em cadeia.
                
A combustão é uma reação que se processa em cadeia, que após a partida inicial, é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação.
                
A cadeia de reações, formada durante a combustão, propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos a se combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente, a corpos estáveis. Conseqüentemente, sempre teremos a presença de radicais livres em uma combustão.
               
A estes radicais livres cabe a responsabilidade de transferir a energia necessária à transformação da energia química em calorífica, decompondo as moléculas  ainda  intactas e, desta vez, provocando a propagação do fogo numa verdadeira cadeia de reação.
               
Para exemplificar este processo, vamos analisar o processo de combustão do Hidrogênio no ar:

1ª fase:
Duas moléculas de hidrogênio reagem com uma molécula de oxigênio, ativadas por uma fonte de energia térmica, produzindo 4 radicais ativos de hidrogênio e 2 radicais ativos de oxigênio;
2H2 + O2 + Energia Térmica de Ativação → 4H (Radical) + 2O (Radical)

2ª fase: 
Cada radical de hidrogênio se combina com uma molécula de oxigênio, produzindo um radical ativo de oxidrila mais um radical ativo de oxigênio;H (Radical) + O2 → OH (Radical) + O (Radical)

3ª fase: Cada radical ativo de oxigênio reage com uma molécula de hidrogênio, produzindo outro radical ativo de oxidrila mais outro radical ativo de hidrogênio; e
O (Radical) + H2 → OH (Radical) + H (Radical)

4ª fase: Cada radical ativo de oxidrila reage com uma molécula de hidrogênio, produzindo o produto final estável – água e mais um radical ativo de hidrogênio.
OH (Radical) + H2 → H2O + H (Radical)

E assim sucessivamente, se forma a cadeia de combustão, produzindo a sua própria energia de ativação (calor), enquanto houver suprimento de combustível (hidrogênio).
Tetraedro do fogo 
 
 

terça-feira, 19 de março de 2013

RCP EM TRÊS PASSOS SIMPLES


1. CHAME SOCORRO

Cheque o estado da  vítima (nível de consciência)Se a vítima não responde,  Chame 193 e depois  retorne a  vitima. Na maioria dos casos de emergência, os operadores (atendentes) podem dar assistência de como iniciar uma  RCP.
 


 
2. RESPIRAÇÃO 
Respiração  boca a boca.

Incline a cabeça para trás  e escute a respiracão (VÊR, OUVIR E SENTIR)Se a vítimanão tem movimento respiratório, feche o nariz com os dedosCubra sua boca com asua e assopre(ventile) verifique se o tórax eleve. Dê duas respirações de dois segundoscada uma.
 


 
3.COMPRESSÃO

Sedepois das ventilações a vítima não voltou a respirar, verifique se não tem circulação (batimento cardíaco) se não houver, proceda:
1. Posicionar a vítima em DDH (Decúbito Dorsal Horizontal) ou seja deitada de costas sobre uma superfície rígida.
2. Efetuar 30 compressões torácicas, no ritmo de 100 compressões por minuto.
3. Efetuar 2 ventilações.
4. Manter as compressões e ventilações na freqüência 30:2.
4. Verificar o pulso central a cada 2 minutos: se não houver pulso, RCP deve ser reiniciada pelas 30 compressões torácicas.
OBS: O socorrista que ventila é responsável por avaliar a eficácia da compressão, controle do tempo e verificação do pulso central.
A troca de posição entre socorristas deve ser feita durante a verificação do pulso central, não devendo exceder a 3 ciclos.
 Nunca treine compressão cardíaca em uma pessoa com batimentos normais.
ATENÇÃO   Verifique se os batimentos estão restabelecidos a cada dois minuto.Continue fazendo respiração  boca a boca (2 respirações) e fazendo compressões cardíacas (30 vezesaté que chegue socorro........

Fonte: bombeirosemergencia

domingo, 9 de dezembro de 2012

PEC 300 RESSURGE COM ONDA DE VIOLÊNCIA QUE ASSOLA O PAÍS




O deputado federal Fabio Trad (PMDB-MS) voltou a defender nesta terça-feira a votação da PEC 300, que propõe equiparar os vencimentos das Policias Militares e Bombeiros Militares de todas as unidades da federação com os praticados hoje pelo Distrito Federal. 

Para Fabio, a onda de violência que assola o país é um sinal de que é preciso valorizar o trabalho das instituições que cumprem a função de garantir a segurança pública.

"Enquanto não remunerarmos com dignidade as policias civil, militar e bombeiros fixando um piso nacional, não é possível sequer iniciar um debate sério sobre segurança pública no país", disse Fabio Trad.

Não é a primeira vez que o deputado sul-mato-grossense faz um apelo pela aprovação da PEC 300. Segundo Fabio, a aprovação da proposta valorizaria as polícias dando a elas condições estruturais de combater a criminalidade.

Atualmente, a PEC 300 tramita em conjunto com a PEC 446, cujo texto principal foi aprovado, em primeiro turno, em março de 2010. Pelo texto, fica estabelecido que o piso nacional para policiais e bombeiros será definido em lei federal posterior. Prevê, ainda, um piso provisório (entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil) até que a lei entre em vigor.
Fabio Trad Online
fonte:http://www.aquidauananews.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

GLP- Gás Liquefeito de Petróleo

O gás de cozinha é combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono ( propano 50% e butano 50% ) extraídos do petróleo, podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. Ele tem a característica de ficar sempre em estado liquido quando submetido a uma certa pressão, sendo por isto chamado de gás liqüefeito de petróleo (GLP).
1. De fácil combustão, o GLP é inodoro mas, por motivo de segurança, uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico percebido quando há algum vazamento de gás. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico. 
 
2.3- GÁS NATURAL
Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar, composto principalmente de metano com uma quantidade menor de etano, propano e butano, tem os mesmos usos do GLP. Possui risco de explosão por combustão e incêndio quando escapa para o ambiente. Ap6s vários testes constatou-se que os vazamentos de gás natural não estão expostos a explosões a céu aberto.
Extração de GLP
O GLP é um dos muitos derivados do petróleo. Por ser o mais leve deles, é o último produto comercial resultante da cadeia de extração. Antes dele são produzidos os óleos combustíveis, a gasolina, o querosene, o diesel, a nafta e, finalmente, o gás liquefeito de petróleo. Depois de produzido, o GLP é mandado para as companhias de gás por caminhões e gasodutos. Nelas, o GLP é engarrafado nas diversas embalagens, sendo a de 13 quilos a mais famosa, e segue para o consumo final. Para a indústria, o GLP é vendido a granel.
Veja abaixo como é a produção do GLP na cadeia de extração:
Este esquema de produção é o mais flexível e moderno de todos por incorporar o processo de hidrotratamento de frações médias geradas no coqueamento, possibilitando o aumento da oferta de óleo diesel de boa qualidade. Ele permite um maior equilíbrio na oferta de gasolina e de óleo diesel de uma refinaria, pois desloca parte da carga que ia do coqueamento para o FCC (processo marcantemente produtor de gasolina) e a envia para o hidrotratamento, gerando, então, mais óleo diesel e menos gasolina do que as configurações anteriores.
2.4- FAIXA DE EXPLOSIVIDADE OU INFLAMABILIDADE
É a faixa de valores de concentração dos gases entre os limites de inflamabilidade inferior e superior expressado em porcentagem de volume de um vapor ou gás na atmosfera ambiente, onde acima ou abaixo dos limites a propagação não ocorre.
2.5- COMBUSTÃO
É um processo rápido, de oxidação exotérmica acompanhado de uma produção
continua de calor e normalmente de luz (chamas).
2.6- TEMPERATURA DE EBULIÇÃO
É a temperatura em que um líquido se converte rapidamente em vapor, normalmente se considera a pressão de uma atmosfera. No caso do GLP é de - 30°C.
2.7- TEMPERATURA DE COMBUSTÃO (FIRE POINT)
É a temperatura mínima requerida para iniciar uma combustão auto sustentada de um material ou composto. É a temperatura a qual um combustível entra em ignição e a chama se auto propaga.
2.8- TEMPERATURA DE IGNIÇÃO
É a temperatura mínima a qual um gás inflamável ou uma mistura entram em ignição sem uma faísca ou chama. A temperatura de auto-ignição também pode modificar-se com a presença de substâncias catalíticas.
2.9- TEMPERATURA CRÍTICA
É a temperatura acima da qual não é possível condensar-se em vapor, por maior que seja a pressão nela aplicada.
2.10- DENSIDADE DE VAPOR
É a densidade relativa de um vapor comparada com o ar. Um valor menor que um indica que o vapor é mais leve que o ar. Uma densidade superior a um indica um vapor que é mais pesado que o ar. O GLP no estado gasoso é mais pesado que o ar e no estado liquido é mais leve que a água.
2.11- VENTILACÃO
Técnica para substituir uma atmosfera saturada de GLP por outra com concentração abaixo do limite de inflamabilidade evitando assim o risco de explosão e permitindo o acesso das linhas a posições efetivas para a extinção do incêndio.
3 - CARACTERÍSTICAS DOS GASES DERIVADOS DE PETRÓEO
Na pressão atmosférica, a temperatura de ebulição do GLP b de -30° C em
estado gasoso é mais pesado que o ar: 1 m3 de GLP pesa 2,2 kg. Com isso, em eventuais vazamentos, acumula-se a partir do chão, expulsa o oxigênio e preenche o ambiente. Em estado liquido o GLP é mais leve que a água, pesando 0,54 kg por litro.
ESTADO GASOSO
ESTADO LÍQUIDO
1m3 de ar = 1,22 kg
1 litro de água = 1kg
1m3 de GLP = 2,2 kg
1 litro de GLP = 0,54kg

VANTAGENS DO GLP
Comparado a outros combustíveis, o GLP apresenta vantagens técnicas e econômicas, associando a superioridade dos gases na hora da queima com a facilidade de transporte e armazenamento dos líquidos. Como gás, sua mistura com o ar é mais simples e completa, o que permite uma combustão limpa, não poluente e de maior rendimento. Liqüefeito, sob suave pressão na temperatura ambiente, pode ser armazenado e transportado com facilidade, inclusive em grandes quantidades.
O rendimento do GLP e seu poder calorifico também é comparativamente mais elevado.
1kg de GLP corresponde a cerca de :
4 Kg de lenha seca
1,8 Kg de coque
1,3 litro de óleo diesel
3 Kg de bagaço de cana
1,4 litro de gasolina
3 m3 de gás de rua
2 Kg de carvão de lenha
1,4 litro de querosene
14 KW/h
Poder Calorífico do GLP em Relação a Outros Combustíveis
QUANTIDADE
COMBUSTÍVEL
PODER CALORÍFICO
1Kg
GLP
11.500 kcal
1kg
óleo diesel
10.200 kcal
1kg
carvão
5.000 kcal
1kw
energia elétrica
860 kcal
1m³
náfta
4.200 kcal
1m³
gás natural
9.400 kcal
4 - ARMAZENAMENTO DE GLP
4.1- Recipientes Transportáveis
São os recipientes com capacidade até 0,25 metros cúbicos, que podem ser transportados manualmente ou por qualquer outro meio, não estando incluídos nesta classificação, os recipientes utilizados coma tanque de combustível de veículos automotores.
Recipientes Estacionários - Recipientes fixos, com capacidade superior a 0,25 metros cúbicos.
A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se pretende dar ao GLP. Os diferentes conjuntos técnicos são definidos por normas técnicas e de segurança, que orientam tanto a fabricação de seus componentes como sua instalação.
Os botijões são fabricados com chapas de aço, capazes de suportar altas pressões e segundo normas técnicas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT). O gás dentro dos botijões encontra-se no estado líquido e no de vapor. Do volume do botijão, 85% é de gás em fase líquida e 15% em fase de vapor, o que constitui um espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão.


4.2- TIPOS DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS
A escolha do tipo de recipiente e da estrutura das instalações depende do uso que se pretende dar ao GLP

P-2               

         

As botijas de 2 kg (P-2) foram concebidas para operar sem regulador de pressão. São indicados para fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para pequenas soldagens. A válvula de saída de gás é acionada por uma mola, que retoma automaticamente quando da desconexão.

P-13 e P5

                             
Os botijões de 13 kg (P-13) são os recipientes de gás mais populares do país.
São usados basicamente para cozinhar, tanto nas residências como em bares e lanchonetes de pequeno porte. A válvula de saída de gás também d acionada por uma mola, que retorna automaticamente quando da desconexão, mas neste case existe uma válvula de segurança, o plugue-fusível. Ele é fabricado com uma liga metálica de bismuto que derrete quando a temperatura ambiente atinge 78°C.

P-20

                 
O GLP também pode ser utilizado como combustível para motores de veículos empilhadeiras, que utilizam um recipiente especial de 20 kg (P-20), É o único vasilhame de GLP que deve ser utilizado na horizontal, pois todo o seu sistema é planejado para funcionar nesta posição

P-45 e P-90

                                     
Os botijões de 45 e 90 kg (P-45 e P-90) são indicados para as instalações centralizadas de gás que permitem maior versatilidade no use do GLP. Servem tanto para abastecer forno e fogão, como para o aquecimento de água e ambiente, refrigeração e iluminação. O P-45 d utilizado em residências, condomínios, restaurantes, lavanderias e indústrias ou para consumidores institucionais, como hospitais ou escolas. Os botijões de 90 kg são empregados pelo mesmo tipo de consumidores, mas de maior porte. A válvula de passagem de gás nesses dois tipos de vasilhames  é a  de fechamento manual. Eles também são equipados com uma válvula de  segurança  que  libera  a  passagem do gás sempre  que houver um grande aumento  de  pressão  no  interior do recipiente devido  ao  aquecimento  do  ambiente (aprox. 78° C).
4.3- BATERIAS
São centrais de estocagem de GLP com quatro ou mais recipientes de 45 ou 90 kg interligados e conectados a um coletor central. A ligação entre os vasilhames e o coletor é feita através do pig-tail, uma pega de borracha sintética especial (Buna-N), resistente ao GLP, com terminais em latão. Os Coletores, que conduzem o gás dos botijões, têm uma estrutura modular, o que permite a montagem de baterias de diferentes tamanhos. Em cada módulo do coletor, exceto o central, existe uma válvula de retenção, que impede a saída do gás para fora do módulo. O Regulador de Pressão reduz a pressão do gás que se encontra dentro dos botijões para os níveis necessários aos aparelhos de queima. Também controla o vazão do gás, mantendo-a constante e nos níveis adequados ao funcionamento dos aparelhos. Existem basicamente três tipos de reguladores, que se diferenciam pela relação entre a pressão de entrada e a de saída; o regulador de 1° estágio reduz a pressão do vasilhame para uma pressão intermediária; o de 2° estágio completa essa redução até os níveis necessários ao funcionamento dos aparelhos. Nas baterias residenciais com P-45 e P-90 costumam-se usar reguladores de estágio único, que fazem a redução direta da pressão no interior dos vasilhames para a dos aparelhos de queima.    
EQUIPAMENTOS COMPLEMENTAR
Para ser instalado, o botijão de gás precisa de equipamentos complementares, necessários a sua utilização.
MANGUEIRA- Tem a função de levar o gás do botijão ou da instalação embutida na parede até o fogão.
REGULADOR DE PRESSÃO- Serve para reduzir a pressão com que o gás sai do botijão até aquela necessária a alimentação dos queimadores.
REGISTRO- Dispositivo que bloqueia o fluxo de gás do botijão para o fogão. Deve permanecer fechado sempre que não estiver sendo utilizado.
ABRAÇADEIRAS- Pequenos anéis empregados para ajustar e fixar a mangueira ao fogão e ao regulador de pressão.
CONE-BORBOLETA- Abre a válvula do botijão e deixa passar o gás para o regulador.
VÁLVULA DE PASSAGEM- Permite a saída do gás mas fecha sempre que o cone-borboleta for desconectado.
RISCOS
VÁLVULA E MECANISMO DE SEGURANÇA- Nos P-45 e P-90 a válvula é de fechamento manual e o mecanismo de segurança vem acoplado a válvula. Libera o gás para o ambiente quando há aumento muito grande da pressão no interior do vasilhame, o que ocorre se a temperatura ambiente supera 78ºC. 
VÁLVULA E MECANISMO DE SEGURANÇA DO P-13.
BOILING LIQUID-EXPANDING VAPOR EXPLOSION (BLEVE) - EXPLOSÃO DE VAPORES EXPANDIDOS DE LÍQUIDOS EM EBULIÇÃO:
É a explosão ( liberação súbita de pressão ) de vapor em expansão de um líquido com temperatura superior a seu ponto de ebulição através da passagem de líquido para vapor. Neste processo de expansão, é gerada a energia que agride a estrutura do recipiente, projetando os fragmentos e ocasionando a rápida mistura do gás com o ar (que dá por resultado uma bola de fogo característica).
PROTEÇÃO CONTRA O BLEVE- Para proteger recipientes de explosões, deve-se resfriá-los com água, utilizando-se uma linha de proteção com jato d'água em forma de neblina, isolando o local de estranhos aos serviços de bombeiros e resfriando os recipientes de gases até que não seja mais necessário.
CUIDADOS COM OS RECIPIENTES- O maior número de ocorrências são com botijões de 13 kg de GLP, mais comuns nas residências e as causas mais prováveis de vazamentos, com e sem fogo, são: mangueira furada, diafragma da válvula furada, rosca da válvula mal fechada, plugue-fusível fundido e corrosão do botijão.
CUIDADOS DIVERSOS- O controle de vazamento sem fogo deve ser feito através da dispersão do gás, evitando o contato com pessoas e fontes de ignição e eliminando o vazamento (fechando o registro da válvula, usando o estanca-gás, etc).
O controle de vazamento com fogo deve ser feito através da diminuição da quantidade de calor produzido pelo fogo através de aplicação de nuvem de água.
Deve-se tomar precaução para evitar a conversão de um fogo em botijão para uma explosão provocada por gases acumulados após a extinção das chamas sem sanar o vazamento.
5 - CONTROLE DE EMERGÊNCIAS
5.1- MEIOS A SEREM UTILIZADOS
a. Viatura AB ou ABS com equipamentos e guarnições completas.
A viatura deve possuir no mínima:
- Mangotinho;
- Estancador de Gás ( Estangás );
- jogo de Chaves de Fenda;
- Cabos (sisal e multi-uso);
- Aparelhos de Comunicações (Hts)
- Anéis de vedação (ouringue) reserva para botijões;
- Lanternas anti-explosão;
- A guarnição deve obrigatoriamente utilizar EPI, sendo o EPR opcional, a critério do Cmt das Operações no local.
DESLOCAMENTO PARA INCÊNDIO EM GLP
Procedimentos normais, ressaltando que o Cmt da Guarnição deve inquirir o COBOM sabre o maior número possível de informações sobre a ocorrência e o local.
5.2- PRECAUÇÕES AO CHEGAR NO LOCAL
a- ISOLAR a área de Risco- Com exceção das pessoas autorizadas pelo Cmt das Operações no local, afaste as pessoas para evitar acidentes e não atrapalhar os serviços de bombeiros.
b- COLETAR o maior número de informações possíveis relativas a ocorrência de todas as fontes disponíveis e acionar apoio necessário.
Questionar o local exato da ocorrência, aspecto da edificação, fontes de ignição (eletricidade), quantidade e tipo de vítimas, descrição do material do local, vias de acesso, riscos iminentes e outras dúvidas que possam surgir.
Traçar um plano de ação levando em consideração os meios disponíveis e as condições do local, emitir decisões e ordens claras e precisas.
c- MANTER a guarnição com o vento as costas em local aberto para aproximação de um fogo ou vazamento de GLP. Se o local for confinado, faça ventilação forçada ou sature o ambiente com agentes extintores (C02, PQS ou água em forma de neblina).
d- ELIMINAR todas as fontes de ignição e gás externas e simultaneamente manter todas as pessoas fora da área da nuvem de GLP iniciando esse procedimento logo que chegar ao local.
e- ENTRAR no local adotando procedimentos padrão de atendimento, apenas ressaltando que se a Chave Geral for do lado de fora da área gasada, deve ser desligada, mas se for do lado de dentro, não deve ser desligada para evitar faíscas; usar linha de proteção ao adentrar no local. Em locais confinados cuidado com explosões ambientais, que podem ser evitadas ventilando o local ( utilizar o ventilador/exaustor das viaturas introduzindo sua manga no ambiente, nunca usar eletrodomésticos) ou saturando o ambiente com um agente extintor (C02, PQS ou água em forma de neblina).
f- EXPLORAR com cuidado as partes baixas do local (chão, porão) pois o gás tende a acumular-se nessas regiões; a vítima provavelmente estará intoxicada (eventualmente queimada) o que prioriza a remoção para local seguro e ventilado antes de qualquer outro procedimento de resgate
5.3- CONTROLE DE VAZAMENTO DE GLP COM FOGO
g- CORTAR a fonte do gás (fechar o registro) dos recipientes e depois realizar a extinção.

                              
Os extintores de C02 ou PQS são um meio eficaz para controlar pequenos incêndios. Dirija o agente extintor a base do fogo.
CONTROLE DO FOGO NOS DIVERSOS TIPOS DE VAZAMENTO
-LOCALIZAR VAZAMENTOS
VAZAMENTO NA MANGUEIRA
Cortar a alimentação do logo fechando o registro; se não puder ser fechado, extinguir o fogo e rapidamente desconectar o cone- borboleta da válvula do botijão.
VAZAMENTO NO REGISTRO
Colocar o estágio na posição FECHADO; se não puder ser feito, apague o fogo e remova o registro do botijão.
VAZAMENTO NA VÁLVULA CONECTORA OU DE SEGURANÇA
Extinguir as chamas e colocar o estangás; se não puder fazer isso, não extinguir a chama e resfriar as laterais até consumir todo o combustível.
VAZAMENTO NAS SOLDAS (COSTURAS)
Extinguir o fogo e levar o botijão para local ventilado e aberto; se não puder fazer isso, não extinguir a chama, resfriar as laterais até consumir todo o combustível.
VAZAMENTO NAS CONEXÕES
Fechar os registros individuais dos cilindros conectados na rede.
VAZAMENTO EM GÁS ENCANADO
Isolar e evacuar o local, localizar o registro de rua e fechá-lo e acionar a CONGÁS.
h- RESFRIAR as paredes dos recipientes de GLP que estiverem expostos ao calor radiante, suas paredes devem ser resfriadas com água em forma de neblina, visando evitar aumento de pressão interna e conseqüente explosão.
MANTER distância das extremidades dos cilindros. Aplique água em forma de neblina em toda superfície exposta ao calor. Aproxime-se pelas laterais dos cilindros e proteja também do calor irradiado os cilindros próximos.
Se houver ruptura da válvula de alívio o gás liberado pode incendiar-se. Aplique água sobre o recipiente, mas não apague as chamas, pois senão poderá ocorrer acúmulo de gases e posterior explosão.
5.4- VAZAMENTO DE GLP APÓS EXTINÇÃO DO FOGO
FECHAR as válvulas e registros para cortar o fluxo de gás. Nos cases em que não for possível fechar os registros, estrangule a tubulação (desde que seja de pequeno diâmetro ou de cobre).
i- PROCEDER continuamente a Proteção de Salvados, verificando se não sobraram para trás faces de incêndio escondidos no forro, atrás de móveis, etc; e nem vazamentos de GLP.
j- REMOVER todo o material que não for atingido, principalmente recipientes inflamáveis para local seguro. Os cilindros devem ser mantidos em posição vertical o tempo todo.
l- RETIRAR todas as pessoas do local e amplie a área de isolamento se perceber o aumento de pressão interna do cilindro( aumenta o ruído da válvula de alívio ou aumenta o volume do fogo ).              
m- DISPERSAR o gás na atmosfera se não puder fechar o fluxo de gás, de modo que não atinja a concentração dentro da faixa de explosividade.
CUIDADOS ESPECIAIS
NUNCA INSTALE UM BOTIJÃO COM A MANGUEIRA PASSANDO POR DETRÁS DO FOGÃO E NEM DEITE O BOTIJÃO.
NUNCA AGRIDA A INTEGRIDADE FÍSICA DO CILINDRO
Não mexa e nem deixe ninguém mexer de forma abrupta com os cilindros, bater no casco, forçar os registros com barras ou instrumentos inadequados ou mesmo jogar objetos podem causar uma explosão 
TESTE DE VAZAMENTO
Para verificar se há algum vazamento após a extinção do fogo, passe uma esponja com água e sabão sobre a conexão do cone- borboleta com a válvula. Se ainda houver vazamento, surgirão bolhas. Orientar ao usuário que o sabão só serve para verificar vazamentos e não para vedá-lo.
Caso tenha sido utilizado o Estangás, esgotar o cilindro em local seguro, aberto e ventilado, nunca em bueiros ou locais baixos.
Em case de dúvida sabre o material, acionar o fabricante ou fornecedor.
5.6- CONFERÊNCIA FINAL DO EFETIVO E DO MATERIAL
Concluídos os serviços de bombeiros no local, os bombeiros devem conferir o material e o Cmt conferir o efetivo, notificando eventuais novidades.
6- BIBLIOGRAFIA
Manual do Curso de Operações Contra Incêndios- Texas A&M System
GLP- Noções e Recomendações de Uso, Instalação e Segurança- Ultragás
Coletânea de NBRS.

fonte: bombeirosdeemergencia