Durante 16 dia, o bombeiro diz ter vivido uma das experiências mais dramáticas da vida dele. “Primeiramente, pelo choque cultural. Eles são muito diferentes do que estamos acostumados aqui no Brasil, por exemplo”, diz. Neilor conta que os haitianos vivem com muito medo de que novos tremores de terra causem mais estragos ainda ao País. “As pessoas não dormem mais dentro das casas que ficaram de pé. Por volta das 17h30, eles estendem toalhas nas ruas e o povo dorme ali mesmo, ao relento, como medo de terremotos à noite”, relata, acrescentando que a equipe com a qual viajou também tinha o mesmo procedimento. A ONG Viva Rio alugou uma casa na cidade e apenas as refeições eram feitas na área interna e com as portas abertas para qualquer emergência. “Até mesmo pra tomar banho, ficava um no chuveiro e outro do lado de fora aguardando. Se algo acontecesse, era mais fácil o socorro”. RESGATE - De acordo com o bombeiro é impossível resgatar todos os corpos que estão sob os escombros das casas, prédios públicos e particulares, escolas e igrejas destruídas pelo terremoto. “As carregadeiras estão recolhendo os entulhos e, junto com o material que desabou são levados milhares de corpos para aterros, onde são depositados”, conta. Segundo ele, o mau cheiro nas ruas de Porto Príncipe é muito forte, mas não é cheiro de cadáver, é cheiro de lixo. “Observamos que os corpos, desidratam e secam rapidamente, ao contrário daqui, eles não chegam a ficar em estado de putrefação. O problema é que ninguém recolhe o lixo e a população faz suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar”. |
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Bombeiro conta drama de 16 dias no devastado Haiti
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