RAPEL
Palavra Francesa que significa trazer, recuperar, voltar. Hoje, com passar dos anos podemos afirmar que se trata de uma técnica aplicada em descida vertical em corda por grupos de operações e forças especiais do mundo inteiro, incluindo a escalada em rocha e geleira.
As técnicas são aplicadas em várias situações e terrenos como: retorno de uma escalada, resgate, intervenções de forças especiais, espeleologia, cachoeiras, prédios, pontes e outros tipos de descidas.
A descida vertical em corda consiste em uma série de procedimentos e condutas. É preciso estar preparado psicologicamente e fisicamente pois o rapel proporciona uma perda de energia potencial gravitacional de maneira controlada, na passagem de um corpo na vertical (entre dois níveis de altura). Em outras palavras, poderíamos dizer que seria uma descida vertical em corda, onde a ação da gravidade é superada e controlada pela técnica e pelo prazer.
Não poderíamos deixar de relatar o surgimento da escalada e da técnica vertical em corda conhecida como rapel onde verdadeiramente se deu: nos Alpes, depois da conquista do Mont Blanc, em 1786, por Jacques Balmat e pelo Doutor Paccard.
Em seguida deu-se início a técnica vertical em corda em 1879 por Jean Charlet-Stranton e seus companheiros Prosper Payot e Frederic Folliguet. Mas existem outras versões e segredos para o surgimento desta arte que encanta a todos através da magia da emoção e adrenalina.
Fonte: www.rapelradical.com.br
RAPEL
O rapel consiste no uso de uma série de procedimentos e equipamentos visando uma perda gradativa de energia potencial, de maneira controlada, na passagem vertical de um ser humano entre dois níveis de altitude. Em outras palavras: São técnicas de descida vertical em corda.
Derivado do alpinismo, o rapel têm origem na França, inicialmente criado para a busca de pessoas perdidas nos Alpes. Hoje, apresenta iversas sub-divisões e adaptações à geografia dos países onde vai sendo introduzida e se tornando popular.
O Brasil, por suas características tropicais e grande riqueza fluvial, se presta muito bem à exploração consciente e prática do esporte; Esta é uma mania que vem conquistando mais adeptos a cada dia.
Existem mesmo aqueles que, não estando ao alcance de uma bela cachoeira, se prestam a procurar um tipo de rapel urbano, utilizando inclusive como técnicas de salvamento e resgate.
Tipos de Corda
1. Corda Estática
Pela definição técnica americana, uma corda estática deve ter o coeficiente elástico passivo (carga de 90 kg) de menos de 2% e apresentar um baixo coeficiente de deformação até muito próximo da carga de ruptura. A especificação de carga obviamente varia de acordo com o diâmetro do material em questão. Para se ter um parâmetro comparativo, uma corda de escalada com 11 mm de diâmetro possui a elongação passiva da ordem de 7,5% e a deformação máxima próxima da carga da ruptura supera 30%.
Note-se que o parâmetro elástico não consegue por si só definir a corda estática e mesmo aquelas que são virtualmente estáticas podem não possuir a aprovação de um órgão oficial, por exemplo a NFPA (National Fire Protection Association - EEUU).
No Brasil a maioria das pessoas chamam as cordas não dinâmicas de estáticas. Nós defendemos a tese de que apenas as cordas com características definidas tecnicamente como estáticas devem assim ser chamadas. As que não se enquadram nessa categoria devem ser chamadas de cordas de baixa elasticidade, principalmente para evitar confusões e o mau uso.
Cordas estáticas são especialmente úteis em situações em que a elasticidade (efeito iô-iô) é perigosa e são recomendadas para todas as situações em que o risco de impacto não existe.
Exemplos de uso: Espeleologia (uso genérico), rapel, resgate, operações táticas e segurança industrial.
2. Corda de Impacto
Em certas situações de segurança industrial e mesmo em resgate, existem operações com possibilidade do sistema sofrer impacto. Na área industrial é comum o emprego de corda estática em conjunto com lanyards (amortecedor passivo de choque) em operações que podem envolver carga de choque.
Os amortecedores de choque não são recomendáveis para sistemas tradicionais de resgate como içagem e tirolesas mas podem ser úteis para alguns sistemas específicos para minimizar o choque - tanto no pessoal quanto na ancoragem.
A corda de impacto difere da estática por possuir o coeficiente elástico mais progressivo podendo sofrer elongação superior a 20% próximo à carga de ruptura. A PMI está na fase final do desenvolvimento da Corda de Impacto (um projeto 100% novo) que deverá estar no mercado no segundo semestre de 97. Atenção: A corda de impacto é corda de impacto. Ela não é dinâmica e muito menos estática.
Exemplos de Uso
Resgate, operações táticas e segurança industrial quando existe a possibilidade de impacto.
Características, Parâmetros Técnicos e Cuidados
FLEXIBILIDADE
Se você está buscando uma corda de fácil manuseio, talvez fique tentado a comprar a corda mais macia que encontrar no mercado. Mas antes de mais nada, você deve considerar os pontos do projeto que envolvem a fabricação de uma corda mais flexível: A- Menos material na capa ou na alma, B- Menos fibras na capa, C- Capa mais solta sobre a alma, D- Malha mais aberta no trançado da capa.
O emprego de qualquer um destes pontos (ou a combinação deles) aumenta a flexibilidade de uma corda. Mas dependendo do processo escolhido pelo fabricante, acaba também diminuindo a resistência à abrasão, corte, derretimento e ao próprio uso. Também pode diminuir a proteção à alma, que em termos de estrutura é a parte fundamental da corda.
É certo que você deve ter uma corda que combine manuseabilidade e resistência. Mas também é certo que a manuseabilidade é um parâmetro relativo. Um usuário bem treinado e com técnica correta consegue trabalhar bem mesmo em cordas consideravelmente mais duras do que a média. Este é um dos pontos que diferenciam um usuário profissional.
COR
Para muitas pessoas a cor de uma corda é mera questão de gosto pessoal. Mas as cores podem também ter funções importantes. Por exemplo, uma corda laranja possui melhor visibilidade em ambientes pouco iluminados e também aparecem bem em ambientes de fundo claro (cordas brancas ou amarelas possuem boa visibilidade mas não com fundo claro). Por outro lado, unidades táticas devem utilizar cordas escuras ou camufladas de acordo com o ambiente, exatamente com o intuito de fazer a corda desaparecer no ambiente.
Cordas com capa colorida em relação à alma branca possibilitam a fácil identificação de danos localizados. Os times de resgate que utilizam mais de uma corda empregam em geral materiais de diferentes cores para fácil identificação durante as operações. Cordas com cores diferentes facilitam a comunicação e evitam confusões.
CUIDADOS
1. Produtos químicos: Existem dois grupos de produtos relativamente comuns (principalmente em ambientes industriais) que não devem entrar em contato com cordas: ácidos e hidrocarbonetos (derivados de petróleo).
Existem vários relatos de acidentes por rompimento de corda devido ao enfraquecimento do material causados por esses grupos de produtos. E é ao mesmo tempo interessante e assustador saber que uma parcela considerável dessas contaminações ocorreram dentro dos carros. A água (ácido) das baterias tem sido um dos vilões da história juntamente com resíduos de óleo, querosene, gasolina e diesel.
Os hidrocarbonetos ainda são detectáveis em maior ou menor grau devido ao cheiro e cor. Mas os ácidos são extremamente perigosos sendo que muitas vezes a corda se mantém em perfeito estado visual, mesmo quando consideravelmente degradada.
2. Pré-Tensionamento: Mesmo as cordas tecnicamente estáticas possuem uma pequena elasticidade. Dependendo do tipo de operação ou comprimento da corda, essa característica pode não ser bem vinda.
Assim sendo é uma prática relativamente comum pegar uma corda nova e tensionar com carga de 200 a 300 kg antes do uso. Isso faz com que ela sofra uma esticadinha de caráter definitivo, tornando-a um pouco mais estática.
VIDA ÚTIL
A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores como grau de cuidado e manutenção, freqüência do uso, tipo de equipamentos que foram utilizados em conjunto, velocidade de descida em rapel, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioleta, tipo de clima etc.
A Importância dos Nós na Escalada
Escaladores depositam uma confiança extrema em cordas e fitas; consequentemente, confiam as próprias vidas aos nós. Vistos como uma "ciência" incompreensível por alguns, os nós representam a mais refinada forma de resolver algumas situações na rocha, através da combinação dos vários tipos existentes. Trabalham também com a ligação do escalador ao "mundo seguro", unindo seu corpo aos sistemas de segurança.
Enfim, o conhecimento profundo dos nós aqui apresentados pode separar o sucesso do fracasso numa escalada. O treinamento na confecção deve ser constante, através de um cordelete ou um pedaço de fita. Faça e desfaça os nós dezenas de vezes, com uma ou duas mãos, até que consiga montá-los de olhos fechados. E, mais importante, utilize-os abundantemente nas suas escaladas. Quanto mais prática, melhor! Afinal, é para isso que você está aprendendo a faze-los.
A dupla inspeção visual
Os nós conectam escaladores às cordas e às ancoragens, unem cordas e fitas, possibilitam resgates. Um nó bem acabado deve ser perfeitamente "assentado", sem voltas soltas. Deve também estar ajustado e apertado, para evitar que se desfaça com a movimentação natural da corda.
Após a conclusão do nó, uma dupla inspeção visual é indispensável, e pode evitar acidentes fatais. Caso alguma coisa pareça errado com o nó, não tente consertar. Desfaça tudo e comece novamente, e crie o hábito de sempre inspecionar os nós do seu parceiro.
Resistência dos nós
Naturalmente, uma corda ou fita são mais fortes quando tensionadas diretamente, sem curvas ou dobras, em linha reta. As voltas e dobras de um nós reduzem a resistência de carga da corda ou fita. Quanto mais abruptas forem as curvas, menor será a resistência. Por este motivo, alguns nós são mais fortes que outros.
De qualquer maneira, a redução da resistência não é tão catastrófica assim, com exceção do Nó Quadrado, que reduz 55% a resistência da corda. Fitas com mais de 15 mm, tubulares ou "flat", devem preferencialmente ser costuradas. Não utilize uma fite emendada com nó para segurar altas taxas de carga. Tenha sempre um conjunto de fitas costuradas, em várias medidas.
Fonte: www.rapel.net